terça-feira, 17 de setembro de 2013

Dores invisíveis

Parece estranho que alguém possa sofrer num dia de céu azul, na beira do mar, numa festa, num bar. Parece exagero dizer que alguém que leve uma pancada na cabeça sofrerá menos do que alguém que foi demitido. Onde estar o hematoma causado pelo desemprego, onde estar a cicatriz da fome, onde estar o gesso imobilizando a dor do preconceito? Custamos a respeitar as dores invisíveis, para as quais não existem prontos-socorros. Não adianta assoprar que não passa. Tenho um respeito tremendo por quem sofre em silêncio. Martha Medeiros

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